1. Alberto Caeiro é conhecido como o poeta "sensacionista". Para ele, compreender o mundo limita-se apenas ao que as sesanções nos dão: o que vemos, o que ouvimos, o que cheiramos, o que sentimos. Para Caeiro, nada mais há do que aquilo que se apresenta aos nossos olhos, e isso faz com que todos os mistérios desapareçam. É um poeta simples e objectivo, que apenas vê o mundo como ele é, e recusa-se a pensar no que está "por trás das coisas".
Esta atitude liberta-o da dor. A dor de pensar, a de envelhecer. Caeiro afirma também que pensar é um dos maiores erros dos Homens, daí afirmar, como podemos ver na primeira estrofe "Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso." Desta estrofe podemos ver que Caeiro não se interessa por aquilo que o Mundo "pode ser", mas sim "pelo que ele tem e que se pode ver". Pelo real. No momento em que Caeiro passasse a pensar sobre o mundo, passaria a contradizer tudo aquilo que anteriormente tinha defendido. Desse modo, consideraria-se doente por pensar.
Inês Guerra
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